domingo, 29 de março de 2009

Alfaberto

Não importa pra onde eu vá a partir de agora,
Impossível esquecer:
Burritos apimentados e que não encaixam na boca;
Ar gelado puramente planáltico;
Dizeres poéticos nas paredes da metrópole;
Rostos, gostos, aromas, tudo que me lembre esse povo;
Jargões infinitamente utilizados, infinitamente engraçados;
WHAT IS THE BROTHER martelando na ponta da língua,
Lutando o máximo possível pra não me render;
Preços, máquinas, joysticks, bolsas, estojos;
Zoom em placas que lembrem os que ficaram pra trás;
Musa impassível e outras artes;
Fartura de mortadela no Mercado;
Galvão Bueno batendo ponto na Liberdade;
Onipresença da paulicéia, vista do topo;
Karma Police gritada no mais alto volume;
Hora de acordar, antes de oito, pra não perder o desjejum;
Universitária fornecendo garantia de realização em telefone público;
Xingar a terra natal, ao perceber que o metrô pode funcionar e funciona;
Ver que as pessoas parecem muito mais incríveis ao vivo;
Ter um pedaço arrancado ao voltar...
Yay, guys! We REALLY rock!

Q

E agora que percebo... quantas letras faltam nesse alfabeto pra dizer o que quero.

Desafio Asterístico: a minha vez!

Paulicéia Esvairando


10. 434. 252 habitantes te atropelam em passos frenéticos, rostos gelados prestando eternamente muita atenção ao que toca naqueles fones de ouvidos brancos. “À direita”, diz o adesivo pregado à porta do trem. Para que os mais velozes, igual aos automóveis, ultrapassem à vontade.

O firmamento, monumentos gigantescos e esmagantes desenham escadinhas nele, em tons acinzentados; o vento, mesmo no dia ensolarado, numa temperatura das montanhas. Os fios entrelaçados segura e livremente na atmosfera que não desarruma as madeixas.

A pressa de querer viver, levar a vida adiante mais e mais rápido. A tolerância, diversidade de tribos. Você passa e ninguém te olha. Protestos pelo RBD ou pelo Impeachment presidencial.

Nesse lugar, parece que pode tudo. Tudo pode. Tudo é possível. Mas ele, ele é impossível.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Metrô-formigueiro

Excetuando-se o fato de que havia o Formiga no ambiente e isso abre o trocadilho oculto/incidental do título, o metrô paulistano é um formigueiro.

Todo aquele emaranhado de rotas possíveis, que mesmo assim não alcançam todos os destinos, aquela quantidade irritante de pessoas indo e vindo, embarcando e desembarcando, gritos de torcida e narração "Atenção jovem Fulana(o) de Tal...", aquela desordem ordenada e uma básica instrução:

"Desçam na Paraíso e peguem a linha verde direção Vila Madalena."

Parecia mais fácil do que foi, quando Marconi e Nicole se viram perdidos entrando no trem que voltava para a Tatuapé , enquanto eu tinha tudo friamente planejado, no meu bem traçado plano de me perder por lá. Rapidamente resolveram a questão e vi tudo indo por água abaixo, enquanto todos íamos tranquilos para as respectivas hospedagens.

A minha, que escolhi por chamar-se DAN, além de ter a refeição matinal mais "bizarra porém gostosa" que já vi em hotel, mas não me agradou a regra de não poder receber visitas jamais, em tempo algum. Pensei em armar uma festinha de moças do orelhão da Liberdade. Mais precisamente a do anúncio "RENATA VADIA (...) GOZE 2x...".

Mas nem tudo na vida tem odor de rosas, asterísticos.

Olha o Retirante

(Resposta ao I Desafio Asterístico)

Distante, Deserto, Nordeste, Brasil...


Foi de lá: da província mais orgulhosa do Nordeste brasileiro, do melhor feudo daquelas terras, o início da minha jornada rumo a onde tudo acontece.

Já estava enjoado de tudo que acontecia por aqui, a impressão que dava é de que toda vez as mesmas pessoas estão nos mesmos lugares fazendo o mesmo.

Mas meu amor, a gente junto não rola.

Acho que recifense é igual ao povo da Geórgia, não pode estar longe do lar e aceitar a idéia de não falar do mesmo... mesmo quando estamos no lugar mais fantástico da américa latrina.

Eu esperava ficar impressionado frente aos regionalismos indecifráveis daquela torre de babel de asfalto e alturas, mas parece que tudo de único que os habitantes de lá dizem, vem até nós pela Rede Globo. Já o inverso passava longe de mostrar-se verdadeiro, tal qual um morador do Bairro da Liberdade em plena Avenida Paulista, demos diversas aulas de pernambuquês pelas ruas e esquinas da nossa Grande Maçã.

E para ajudar nossos queridos e ao vivos amigos a entenderem melhor o que falamos, aí vai um mini-Aurélio, dez pequenos verbetes de presente:

Nosso idioma é a mesma língua...
  • Bacurau = ônibus da madrugada.
  • Biloto = botão.
  • Bulir = mexer.
  • Estilar = não aguentar brincadeira.
  • Miar/Morgar (o programa) = não acontecer o programa planejado.
  • Remoso = a gente já explicou isso tantas vezes que nem vale mais a pena falar.
  • Virado = apressado, ligeiro.
  • O biscoito é doce, a bolacha não. Independente de formato.
  • Galalau = homem bem grande.
  • Parada é onde os ônibus param. Ponto aqui é de puta.
É frequentadora assídua do templo hare krishna, mas mesmo assim ela não fica leve.

Tudo lá foi fabuloso! A dura arte das esquinas, a deselegância discreta das meninas, a gentileza e paciência, os drinques a dez reais! Tudo!

Um lugar e um alguém que tornarão-me mais feliz.

Prometo uma grande festa repleta de músicas toscas da terrinha para quando vierem aqui.

É, vocês virão para Recife.

Parecia um astronauta na lua. Mas não era a lua. Não, não, não era a lua. Apenas quadras distantes da minha rua.

E nossa eterna anfitriã terá direito a tudo pago, retribuição dos nativos.

Beijos para as meninas, abraços para os rapazes.

Não vou à estação de trem me despedir, não vou me mostrar na plataforma 6...

PS: Os textos em itálico fazem parte de trechos de músicas do grande vocalista, instrumentista e letrista gaúcho Júpiter Maçã.

O Segredo

Cheguei em casa e tinha um potão de sorvete de cajá.

Sério!

Vou comprar o livro (ou esperar ganhá-lo de um hare krishna).

quinta-feira, 26 de março de 2009

Redescobrindo o habitat

(Exemplo de resposta ao desafio postado abaixo)

Pois então. A gente recebe visitas e quer agradar. Arruma-se um roteiro, que inclui pontos estratégicos ou turísticos, fazendo de tudo para abarcar o máximo de lugares interessantes no menor tempo possível. Mesmo assim, falta tempo.

Não posso me dizer uma guia turística de muito respeito não. Para alguns dos lugares visitados, minha mãe faria esse papel de forma magistral. Em muitos deles eu não ia há tempos, o que implica em locais totalmente diferentes, principalmente por reformas e revitalizações.

Ouvi mais de uma vez algo do gênero "mas quanta paciência levar esse povo para todos os lados", mas não, não foi um exercício de paciência. Foi um prazer. Não apenas pela presença dessas pessoas que realmente me fazem acreditar que algo ainda vale a pena nessa vida, também pela redescoberta do meu habitat.

Junto de vocês, fui a lugares que nunca tinha visitado, revivi impressões de infância preciosas, desmistifiquei lendas daqui para mim mesma. Foi estar no lar e, num dos raros momentos longe das minhas visitas, era estar em outro país. Mudei um pouco de ares dentro do umbigo, abrindo espaço para ver que as pessoas e os ambientes realmente fazem jus à fama de local frio em muitos momentos, ao mesmo tempo em que outros trouxeram um orgulho imenso.

Acho que não largo aqui tão logo quanto esperava. Fico mais.

I Desafio Asterístico

Baixou o espírito de porco em mim, galere.

Lanço um desafio a vocês, baseado naquele joguinho que fizemos lá no bar da Augusta (e do qual nem lembro o nome).

Vamos lá!

Desafio vocês, amigos Asterísticos, a escrever um post que preencha os seguintes requisitos:

- Tenha no mínimo 100 palavras.
- Faça sentido.
- NÃO tenha palavras iniciadas com C e S.
- Não será permitido usar palavras de línguas estrangeiras para substituir as palavras com C e S em português.

Pode ser sobre qualquer coisa: o protesto pela volta do Carrossel, americanos cantando fado em restaurantes árabes, objetos suicidas que se jogam da mão das pessoas, enfim, qualquer coisa.

O autor do melhor texto ganhará um prêmio especial.

Valendo!

terça-feira, 24 de março de 2009

ASTERAÊ ASTERAÔ

Considerações minhas (eu, Daniel, como pessoa), sobre os asterísticos, oficiais ou correlatos:

Marconi - É rei. Preciso aprender a tirar foto Colcci, cara.

Bruno - Quieto, mas ligado nas piadas ocultas e nonsense latente das coisas.

Victor - Gente finíssima que ajudou a Clá no turismo dos "matutos" na cidade grande.

Nicole - Gracinha nerd fotógrafa e cinegrafista compulsiva! 4shared é a resposta, reflita!

Formiga - BRODERASSO e sempre com um trocadilho engatilhado. O Brasil precisa de gente assim, mano!

ARRITA "AGITA"! É dez vezes mais de tudo que eu havia pensado dela. E ainda move montanhas pra me colocar no show do Radiohead, de longe o maior e mais significativo presente que eu já ganhei.

Clá - A rainha da paciência em carregar esse bando de doido desorientado por São Paulo. A fofurice em pessoa com os presentes de origami e o Trident contrabandeado do Texas, moça, muito obrigado por TUDO. Inclusive pela vaquinha com dona Rita pra me fazer ir ao show!

E é isso, garanti lembranças divertidas até... até... até. Chega.

Quando todo mundo estiver em casa e com a viagem devidamente digerida, comecemos a bagaceira narrativa do nonsense constante que foi a viagem.

sexta-feira, 20 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

Chegou!

É hoje!







Groff, pega teu ônibus e vem visitar a gente!

domingo, 15 de março de 2009

Dualidade Brasiliense 2

Titãs e Paralamas são duas bandas excepcionais.

E quando se juntam fazem um dos melhores shows do Brasil, sem dúvida alguma.

Foi foda, foi fogo... e ainda estou com o gostinho de quero mais.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Epifania Número 1

Murphy toma Activia para poder cagar na hora certa em nossas vidas.

Rafael Formiga.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Soprando a poeira...

E cazá cazá!
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Porque não é todo ano que posso me amostrar em nível nacional por causa do Sport =D