Nos encontramos num café, dentro do shopping, por exigência dele. Esses pessoal fresco do Distrito Federal, bando de criados no ar-condicionado, são muito chatos. Não consegui passar mais que dez minutos dentro do Rio Sul sem me dar agonia e, uma vez tendo ambos concluído que nenhum dos dois era psicótico, e que apesar do Bastos usar o chat uol, e eu, fazer chats retardados, éramos ambas pessoas normais, arrastei-o logo pra fora dali. Fiz o pobre distrito-federalense (centrino?) andar PRA CARALHO até a Praia Vermelha, no círculo militar da Urca, o bairro onde nasci. Ele deve ter andado uns três quilômetros, mas eu menti. Disse que não tinha um km que ele tava andando e que ele é que era uma bicha.
Apesar da maratona, a diferença de umidade e altitude, Daniel sobreviveu. Finalmente, viu uma das muitas praias que não viria a cair nos dias que se seguiram (Sim, pois ele não caiu em praia nenhuma, mas esse é outro capítulo). Levei o coitado pra uma praia de milicos, entupi-o de histórias mirabolantes sobre a colonização francesa e o motivo do nome da praia (a francesada morreu em peso ali, aquela música do vermelhou da Daniela Mercury é sobre eles). Como já disse, nem eu nem ele caímos na água, por mais que eu quisesse, pois o Outback nos aguardava.
Voltamos de táxi, e chamei-o de bicha de novo (fingi que tava de boas, e que era a local esportiva descolada, embora eu estivesse cansada pra cacete da caminhada no calorão, mas o que importa é que o ingênuo acreditou que eu queria voltar a pé).
Ah, uma coisa SUPER precisa ser dita sobre o Bastosão: o desgraçado é um cavalheiro. Não me deixou pagar nada, de táxi, a sorvete, à minha passagem de ônibus, nem adianta insistir. Entrei em parafuso de tanto protesto. A gente reclama na hora, e elogia depois.
Cara, obrigada.
Bom, chegando ao Outback, como ele já disse, foi destruição. Ele TAMBÉM pediu ribs on the barbie, me surpreendendo muito! Destroçou as pobres com batatas fritas e eu, com batata assada. Passada a carnificina, é claro, brincamos com a comida. Nosso bolinho de pão preto, maçãzinhas e cream cheese, com uma costela de velinha (e cuja foto está presa no celular, damn!) ficou muito bonito e logo impressionou a atendente, uma garota negra, muito bonita e simpática, embora um tanto ingênua. Logo começamos a conversar com ela. Conversa vai, conversa vem, chegamos a esse diálogo:
-Então vocês dois são de Brasília?
-Não, eu sou, ela é de Búzios.
-Ai, vocês são namorados?
-Não, hahaha, somos só amigos.
-Ah tá, eu perguntei porque eu tô com uma coisa com um sujeito de Brasília, sabe... Quer dizer, nem sei se ele quer...
-Ah, em Brasília todo mundo conhece todo mundo, quem sabe cê conhece, Bastos!
-É, quem sabe eu conheça, quem é?
-Ah, o nome dele é
-Pôxa, não conheço.
-Sabe, eu tinha mó impressão errada deles!
-*BRINCANDO* Hahahaha é, que eles bebem sangue...
-*FALANDO SÉRIO* É, eu pensava que eles comiam cérebro...
Err... oi?
Tá, né.
Mais episódios a seguir, se vocês tiverem paciência, é claro.
4 comentários:
O CHAT UOL FOI DURANTE MEU COLAPSO, OK?
Uso para diversão nonsense apenas de vez em quando.
Eu posso narrar meu episódio com Bastos em um comentário.
Hahahahaha
Sei. Mas e a parte de que você tem amigos de anos de lá? Hum.
Hahaha, foi quando em 2000 eu descobri a internet e entrava no chat do TERRA! Não do UOL.
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