terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Resenhando: Daniel Bastos

Então, nos encontramos. O engraçado é que nenhum dos dois previu o óbvio: que nosso encontro seria um potencializador de bizarrices e, é claro, de bobagens. Como ele mesmo disse muito bem - e o que TAMBÉM é uma bobagem - se achássemos um jeito de transformar bobeira em combustível... estaríamos ricos!

Nos encontramos num café, dentro do shopping, por exigência dele. Esses pessoal fresco do Distrito Federal, bando de criados no ar-condicionado, são muito chatos. Não consegui passar mais que dez minutos dentro do Rio Sul sem me dar agonia e, uma vez tendo ambos concluído que nenhum dos dois era psicótico, e que apesar do Bastos usar o chat uol, e eu, fazer chats retardados, éramos ambas pessoas normais, arrastei-o logo pra fora dali. Fiz o pobre distrito-federalense (centrino?) andar PRA CARALHO até a Praia Vermelha, no círculo militar da Urca, o bairro onde nasci. Ele deve ter andado uns três quilômetros, mas eu menti. Disse que não tinha um km que ele tava andando e que ele é que era uma bicha.

Apesar da maratona, a diferença de umidade e altitude, Daniel sobreviveu. Finalmente, viu uma das muitas praias que não viria a cair nos dias que se seguiram (Sim, pois ele não caiu em praia nenhuma, mas esse é outro capítulo). Levei o coitado pra uma praia de milicos, entupi-o de histórias mirabolantes sobre a colonização francesa e o motivo do nome da praia (a francesada morreu em peso ali, aquela música do vermelhou da Daniela Mercury é sobre eles). Como já disse, nem eu nem ele caímos na água, por mais que eu quisesse, pois o Outback nos aguardava.

Voltamos de táxi, e chamei-o de bicha de novo (fingi que tava de boas, e que era a local esportiva descolada, embora eu estivesse cansada pra cacete da caminhada no calorão, mas o que importa é que o ingênuo acreditou que eu queria voltar a pé).

Ah, uma coisa SUPER precisa ser dita sobre o Bastosão: o desgraçado é um cavalheiro. Não me deixou pagar nada, de táxi, a sorvete, à minha passagem de ônibus, nem adianta insistir. Entrei em parafuso de tanto protesto. A gente reclama na hora, e elogia depois.

Cara, obrigada.

Bom, chegando ao Outback, como ele já disse, foi destruição. Ele TAMBÉM pediu ribs on the barbie, me surpreendendo muito! Destroçou as pobres com batatas fritas e eu, com batata assada. Passada a carnificina, é claro, brincamos com a comida. Nosso bolinho de pão preto, maçãzinhas e cream cheese, com uma costela de velinha (e cuja foto está presa no celular, damn!) ficou muito bonito e logo impressionou a atendente, uma garota negra, muito bonita e simpática, embora um tanto ingênua. Logo começamos a conversar com ela. Conversa vai, conversa vem, chegamos a esse diálogo:

-Então vocês dois são de Brasília?
-Não, eu sou, ela é de Búzios.
-Ai, vocês são namorados?
-Não, hahaha, somos só amigos.
-Ah tá, eu perguntei porque eu tô com uma coisa com um sujeito de Brasília, sabe... Quer dizer, nem sei se ele quer...
-Ah, em Brasília todo mundo conhece todo mundo, quem sabe cê conhece, Bastos!
-É, quem sabe eu conheça, quem é?
-Ah, o nome dele é xxxxxxxxxxxxxx! É fundador dos Hells Angels em Brasília!
-Pôxa, não conheço.
-Sabe, eu tinha mó impressão errada deles!
-*BRINCANDO* Hahahaha é, que eles bebem sangue...
-*FALANDO SÉRIO* É, eu pensava que eles comiam cérebro...

Err... oi?
Tá, né.

Mais episódios a seguir, se vocês tiverem paciência, é claro.

4 comentários:

Daniel Bastos disse...

O CHAT UOL FOI DURANTE MEU COLAPSO, OK?

Uso para diversão nonsense apenas de vez em quando.

Rafael Formiga disse...

Eu posso narrar meu episódio com Bastos em um comentário.

Hahahahaha

Carlota Polar disse...

Sei. Mas e a parte de que você tem amigos de anos de lá? Hum.

Daniel Bastos disse...

Hahaha, foi quando em 2000 eu descobri a internet e entrava no chat do TERRA! Não do UOL.